Em uma conversa exclusiva com o Modismo, o designer de moda Emmanuel Lejeune compartilha sua trajetória fascinante e o lançamento de sua marca homônima. Nascido em Bruxelas, na Bélgica, filho de mãe brasileira e pai belga, Emmanuel teve uma infância moderna e animada, sempre cercado por influências culturais diversas e ao som de Grace Jones. Aos nove anos, ele se mudou para o Brasil e morou em Brasília por um ano antes de iniciar sua jornada pelo mundo como filho de diplomatas, passando por lugares como a Costa do Marfim, Madri e Varsóvia.

“Sempre gostei de moda desde criança, tinha um estilo muito peculiar. Muitas roupas fazíamos em costureiras.”, lembra Emmanuel, destacando a influência precoce da moda em sua vida.
Aos quatorze anos, Emmanuel desenvolveu uma paixão por revistas de moda. Sua mãe, ao lado da avó, o incentivou a se instruir sobre o assunto, apresentando-lhe os grandes estilistas e ajudando a formar uma sólida cultura de moda. Em 1997, ele começou a fazer cursos acadêmicos em moda em Paris e Londres.
Após finalizar os estudos fundamentais, Emmanuel se estabeleceu em Madri, onde cursou moda na IADE Escuela de Diseño e fez pós-graduação no IED – Instituto Europeu di Design. “O aspecto acadêmico, porém muito importante, não é suficiente para um futuro estilista se desenvolver.”, comenta, ressaltando a importância de ampliar conhecimentos através de exposições, museus e estudos particulares.
Depois da pós-graduação, Emmanuel lançou sua marca de moda pela primeira vez em Israel e continuou desenvolvendo sua marca autoral quando se mudou para Hong Kong. A pandemia trouxe Emmanuel de volta ao Brasil, onde, acompanhado de sua mãe, encontrou o momento ideal para lançar sua marca.
Em 2024, em um evento íntimo, Emmanuel lançou sua marca homônima, focada no clássico comercial. Ele desenvolveu peças que criam um guarda-roupa versátil, misturando o clássico com o contemporâneo. Além disso, criou uma coleção cápsula inspirada no The New Look Dior, com especial atenção aos corseletes.
Sua modelagem varia de peças mais ajustadas a peças amplas, com destaque para a alfaiataria desconstruída e a máxima qualidade de produção. “Cada um tem um gosto, uma opinião, minha marca é para todos. Muita alfaiataria descontruída e qualidade máxima de produção, isso é muito importante para mim”, declara Emmanuel.
Os tecidos utilizados incluem algodão para belas camisas e crepe acetinado para vestidos, com uma paleta de cores sóbrias como mostarda, azul, preto e branco. Uma estampa única dourada confeccionada com bordado em azul fecha o “mood” da coleção.
“Sou discreto, gosto de coisas clássicas com toques modernos. Minhas coleções sempre serão arrojadas, mas sem vulgaridade. Muito, muito elegante”, finaliza o designer.
Emmanuel Lejeune, com sua rica trajetória e visão única, promete trazer ao cenário da moda brasileira uma nova perspectiva, combinando elegância e modernidade em suas criações.
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